O advogado criminalista Smailly Carvalho, disse que irá recorrer da decisão.
“A gente não concorda com a decisão de levá-los a júri popular. O crime de homicídio é inexistente. Não existem indícios de que a criança tenha sido assassinada. A criança está desaparecida. Não há provas legais que afirmem que a criança morreu”, disse o advogado.
Smailly Carvalho afirmou que o caso foi tratado como “midiatização” para propagação de fatos, segundo ele, inverídicos.
“Houve uma midiatização do processo. Desde o início do caso eu falo isso, tanto eu como minha sócia, que minha parceira na defesa. Eles (os pais) estão sendo acusados praticamente pela mídia. Conseguimos a liberdade deles, que pela sociedade seria algo impossível. O caso não teve outras linhas de investigações’, relatou.
Sequestro e ritual macabro
À época, familiares do bebê Wesley Carvalho informaram à polícia que a criança havia sido sequestrada. Questionado sobre a alegação da família, o advogado disse que a informação não foi levada em consideração.
“A suposição de sequestro não foi investigada. Isso foi jogado na mídia, inclusive foi provado em audiência. Uma suposta adoção à uma brasileira também não foi investigada. O caso se baseou apenas num suposto homicídio, que ao nosso ver é inexistente. Tanto é que a mãe foi absolvida”, ressaltou Smailly Carvalho.
Em entrevista ao O Dia, o delegado-geral da Polícia Civil do Piauí, Luccy Keiko, afirmou que ngela Valéria confessou que o filho havia sido morto após um jejum de duas semanas em um ritual. Segundo o depoimento, após a morte do bebê, a família resolveu cremar o corpo.
Smailly Carvalho refutou o depoimento da cliente, destacando que não houveram indícios que comprovassem a realização do ritual.
“O ritual foi algo fantasioso. Uma caieira não tem capacidade de queimar uma pessoa ou o que quer que seja. No mínimo aquilo teria indícios. Não encontraram nenhum indício de restos humanos. Se tivesse acontecido iria ter provas, o que não foi encontrado. Prenderam uma família inteira e jogaram na mídia um homicídio inexistente”, disse o advogado.
Smailly Carvalho destacou que a defesa vai recorrer da sentença de pronúncia do pai e avós paternos do bebê Wesley, objetivando a absolvição sumária de todos os acusados do suposto crime.
Entenda o caso
Segundo o relato de familiares, o pequeno Wesley Carvalho Ferreira, de um ano e nove meses, teria sido sequestrado por dois homens armados e encapuzados na Praça da Bandeira, em Teresina, no dia 29 de dezembro de 2021. No entanto, o Boletim de Ocorrência só foi registrado pela família mais de um mês depois do suposto fato.
Em entrevista ao Portalodia.com, a tia da criança relatou que a mãe, ngela Valéria Ferreira Ferro, estava bastante abalada e que o restante da família não sabia que Wesley estava desaparecido.
O caso foi, então, repassado à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítima (DPCA), que abriu inquérito para apurar o desaparecimento e suposto sequestro de Wesley.
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Edição: iParnaiba (https://www.iparnaiba.com.br)
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